
O secretário de Saúde dos Estados Unidos, Robert F. Kennedy Jr., fez declarações polêmicas nesta quarta-feira (16), afirmando que fatores ambientais são responsáveis pelo aumento nos casos de autismo. Suas alegações, no entanto, carecem de evidências científicas e contradizem pesquisas consolidadas sobre o tema.
Em um auditório lotado, Kennedy destacou uma lista de potenciais causas, como mofo, medicamentos, qualidade do ar e água, sem apresentar dados que sustentem suas afirmações. Ele reiterou sua visão de que o autismo seria evitável e descreveu a condição como uma “epidemia” gerada por exposições ambientais.
Contradição com Estudos Científicos
A ciência estabelece que o autismo possui forte componente genético, embora fatores ambientais possam desempenhar algum papel. Estudos anteriores descartaram vínculos entre vacinas e a condição, mas Kennedy, defensor de teorias contestadas, planeja incluir a vacina tríplice viral em novos estudos governamentais.
Reação da Comunidade Científica
Especialistas, como Karen Pierce, da Universidade da Califórnia, enfatizam que apenas 10% dos casos de autismo podem ser explicados por mutações genéticas específicas. Isso demonstra a complexidade do tema e refuta simplificações como as apresentadas por Kennedy.
Enquanto as causas do autismo permanecem um enigma para a ciência, a insistência em teorias não comprovadas pode desviar a atenção de pesquisas fundamentadas. Estudos futuros devem buscar uma compreensão mais profunda, com base em evidências sólidas, para apoiar políticas públicas efetivas.