O Banco Central do Brasil divulgou nesta segunda-feira (26) que o país registrou um déficit em transações correntes abaixo do esperado no mês de abril, enquanto o volume de investimentos diretos superou as projeções. Esses resultados são sinais positivos em meio às flutuações econômicas globais.
O déficit em transações correntes alcançou US$ 1,347 bilhão em abril, representando 3,22% do Produto Interno Bruto (PIB) acumulado nos últimos 12 meses. Esse resultado ficou bem abaixo das estimativas do mercado, que projetavam um saldo negativo de US$ 2,0 bilhões, de acordo com uma pesquisa conduzida pela Reuters.
Para efeito de comparação, no mesmo mês do ano passado, o país registrou um déficit de US$ 1,723 bilhão, evidenciando uma melhoria significativa no cenário atual.
Destaque para Investimentos Diretos
Os investimentos diretos no país (IDP) também apresentaram um desempenho expressivo, alcançando US$ 5,491 bilhões em abril. Esse valor superou tanto as projeções de US$ 4,0 bilhões quanto o registrado no mesmo período de 2024, que foi de US$ 3,866 bilhões.
Detalhamento dos Dados
- Renda Primária: O déficit na conta de renda primária foi de US$ 4,993 bilhões em abril, mostrando uma leve redução em relação ao rombo de US$ 5,543 bilhões registrado no mesmo mês do ano anterior.
- Balança Comercial: O superávit da balança comercial atingiu US$ 7,447 bilhões, ligeiramente inferior ao saldo positivo de US$ 7,798 bilhões em abril de 2024.
- Serviços: O déficit na conta de serviços foi de US$ 4,203 bilhões, uma melhoria marginal em relação aos US$ 4,301 bilhões registrados no ano anterior.
Contexto e Implicações
Esses resultados indicam que, embora o Brasil ainda enfrente desafios em suas contas externas, há sinais de avanço em áreas importantes, como o aumento do investimento direto. Essa dinâmica pode reforçar a confiança dos investidores e contribuir para um cenário mais favorável à economia do país.
O desempenho das contas externas em abril reflete, por um lado, um quadro de melhorias em alguns indicadores. No entanto, as dificuldades estruturais que persistem ainda representam desafios importantes. Além disso, para o futuro, a continuidade desse movimento dependerá de fatores cruciais, como o comportamento do comércio internacional e, igualmente, das políticas econômicas internas.