O número de brasileiros que investem em produtos financeiros permanece estável: 37% da população adulta, o que representa mais de 59 milhões de pessoas, segundo o Raio X do Investidor 2024, elaborado pela Anbima em parceria com o Datafolha. Apesar do avanço, ainda há um contingente expressivo — cerca de 32 milhões de brasileiros — que conseguem poupar, mas não investem.
Essa realidade evidencia uma oportunidade significativa para ampliar a educação financeira e o acesso ao mercado de investimentos no país.
Pela primeira vez, um terço dos brasileiros (33%) afirmou ter conseguido economizar em 2024. Esse dado representa um salto de 5 milhões de pessoas em relação ao ano anterior, sinalizando uma maior consciência financeira entre os cidadãos.
Entretanto, guardar dinheiro ainda não significa investir. Muitos preferem manter seus recursos em locais de baixa ou nenhuma rentabilidade.
Entre os que economizam, 21% deixam o dinheiro parado em conta-corrente ou locais semelhantes. Outros destinos incluem:
Além disso, a adesão aos investimentos varia de acordo com a classe social. Enquanto 50% das pessoas das classes A/B aplicam suas economias em produtos financeiros, esse índice cai para 34% na classe C e apenas 23% nas classes D/E.
A necessidade de poupar tem levado muitos brasileiros a reverem seus hábitos de consumo. Entre as estratégias adotadas:
Essas atitudes refletem uma mudança de comportamento diante de um cenário econômico desafiador.
Apesar da perda de atratividade, a poupança segue como o investimento mais utilizado pelos brasileiros. Em 2024, ela respondeu por 23% das aplicações, queda de dois pontos em relação a 2023.
Entre os investidores:
Os principais motivos para a escolha da poupança são:
Quem investe fora da poupança, geralmente o faz pensando em retorno. Veja os principais atrativos por tipo de investimento:
Retorno financeiro
Segurança
Facilidade de investir
Este foi o terceiro fator mais relevante em todas as modalidades.
A pesquisa revela que 82% dos brasileiros não fazem nenhuma reserva para a aposentadoria. Entre aqueles que não investem, um terço também não pretende poupar para o futuro.
Embora 49% dos não aposentados acreditem que a Previdência Social não será suficiente, 88% dos aposentados atualmente dependem exclusivamente dela. Esse dado reforça a importância de uma estratégia previdenciária eficiente.
A pesquisa abrangeu brasileiros com 16 anos ou mais, totalizando cerca de 160 milhões de pessoas. Entre elas:
Dos 59 milhões de investidores:
São considerados investidores os que aplicam em: poupança, fundos, títulos, ações, previdência privada, criptomoedas ou moedas estrangeiras.
Segundo a Anbima, cerca de 4 milhões de brasileiros pretendem começar a investir em 2025. Caso essa expectativa se concretize, o percentual de investidores poderá subir para 39%.
No entanto, vale lembrar que previsões semelhantes feitas no ano anterior não se confirmaram, principalmente devido ao aumento dos juros, que pressionou o custo de vida e dificultou a capacidade de poupança da população.
Embora mais brasileiros estejam economizando e o número de investidores permaneça alto, ainda há um grande contingente que não aplica seus recursos. A preferência pela poupança, apesar da baixa rentabilidade, revela o quanto a segurança e a simplicidade ainda pesam na escolha dos brasileiros.
Portanto, para ampliar o acesso ao mercado financeiro, é essencial investir em educação financeira e promover produtos mais acessíveis, seguros e compreensíveis.
Somando os adicionais, o valor médio do benefício atinge R$ 667,49.
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