Em janeiro de 2025, as carteiras Top Ações Globais XP e Top Dividendos Globais XP apresentaram um desempenho notável, com uma valorização de 7,5% em relação aos benchmarks. Esse resultado reflete uma estratégia bem planejada que buscou antecipar grandes movimentos de mercado.
Paulo Gitz, estrategista global da XP, destacou que o sucesso das carteiras está ancorado em três pilares principais: a recuperação econômica da China, a dinâmica do setor financeiro nos Estados Unidos em um novo contexto político, e a crescente demanda por inteligência artificial (IA).
A abordagem para fevereiro segue os mesmos princípios, com as carteiras mantendo uma exposição maior (overweight) na China e uma postura mais cautelosa (underweight) em ações dos Estados Unidos. Apesar disso, setores específicos, como energia, petróleo e bancos, permanecem em destaque dentro da alocação americana devido ao cenário econômico e regulatório favorável.
O destaque da estratégia foi a decisão de priorizar a China, que passou por um período de desaceleração em 2024, mas começou a se recuperar com um pacote robusto de estímulos econômicos. Essas medidas visam estimular o consumo, fortalecer o setor imobiliário e estruturar o crescimento de longo prazo.
“Acreditamos não ter potencial de recuperação da China antes mesmo do anúncio dos estímulos, quando o mercado ainda estava pessimista. A valorização dos ativos chineses reflete a eficácia dessas medidas, caso sejam mantidas”, afirmou Gitz. Ele também destacou que as ações no país estão subvalorizadas historicamente, apresentando uma oportunidade atrativa para investidores.
Entre os destaques das carteiras, o Alibaba (BABA34) registrou alta de 16,6% em janeiro, impulsionado pelo avanço de sua solução de IA, DeepSeek.
Nos Estados Unidos, a aposta no setor financeiro foi outro ponto forte. A expectativa de desregulamentação sob o novo governo Trump trouxe otimismo, especialmente com a nomeação de Scott Bessent como secretário do Tesouro e a implementação do Plano 333, que busca ampliar a produção de petróleo, reduzir o déficit fiscal e acelerar o crescimento do PIB.
Esse ambiente de incentivo à iniciativa privada deve fortalecer bancos e instituições financeiras, que desempenham papel central em fusões, aquisições e emissões de títulos. Nomes como JPMorgan, Goldman Sachs, Citigroup e Morgan Stanley foram destaques nas carteiras.
Embora a IA permaneça como um tema central, a XP optou por diversificar suas posições fora do foco tradicional na Nvidia. As carteiras incluem AMD, ASML e Microsoft, além de empresas ligadas à infraestrutura de data centers e geração de energia, como Eaton e Constellation Energy.
Segundo Gitz, a Microsoft se destaca pelo potencial de monetização de IA com o Copilot no Office, enquanto a ASML desempenha papel crucial na cadeia de semicondutores. A Constellation Energy, por sua vez, ganhou destaque com um aumento de 34% em janeiro devido à crescente demanda por energia para data centers.
Apesar do otimismo com a IA, empresas como Google e Meta ficaram de fora das carteiras, devido a múltiplos aumentos e riscos regulatórios. “As avaliações já são muito altas, essas empresas podem enfrentar mudanças tributárias que se tornam menos atrativas no cenário atual”, explicou o estrategista.
A XP mantém sua confiança nos pilares de recuperação econômica da China, fortalecimento do setor financeiro dos EUA e expansão da inteligência artificial, liderando uma estratégia de antecipar tendências e capturar oportunidades antes do consenso de mercado como reconheça.
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