China lança foguete de metano e avança na corrida espacial

A China acaba de dar mais um passo importante na corrida espacial. A startup LandSpace Technology, com sede em Pequim, lançou com sucesso um foguete movido a metano, reforçando sua aposta em tecnologias limpas, econômicas e reutilizáveis. O feito, realizado no último sábado, destaca o avanço do setor aeroespacial privado chinês, que busca se posicionar como alternativa às gigantes norte-americanas SpaceX e Blue Origin.

O foguete Zhuque-2E Y2, da série Zhuque-2, decolou do Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, no noroeste da China. A missão colocou seis satélites em órbita, marcando o quinto lançamento da linha Zhuque-2. A operação demonstra não apenas a eficácia da propulsão por metano, mas também a crescente capacidade da indústria espacial chinesa em atender à demanda por lançamentos comerciais.

Além disso, o sucesso reforça a trajetória da LandSpace como pioneira. Em julho de 2023, a empresa tornou-se a primeira do mundo a lançar um foguete movido a metano e oxigênio líquido, superando nomes como a SpaceX de Elon Musk e a Blue Origin de Jeff Bezos.

Por que o metano se destaca como combustível espacial?

Nos últimos anos, o interesse por foguetes movidos a metano aumentou consideravelmente — e por boas razões:

• Menor impacto ambiental: o metano é menos poluente do que os combustíveis de hidrocarbonetos tradicionais.
• Maior segurança: por ser mais estável, reduz riscos operacionais.
• Custo mais baixo: sua produção é mais barata e eficiente.
• Potencial de reutilização: favorece projetos de foguetes reutilizáveis, reduzindo custos a longo prazo.

Portanto, a adoção do metano representa uma escolha estratégica para empresas que desejam competir em um mercado cada vez mais voltado à sustentabilidade e eficiência.

Aumento da carga útil reflete crescimento do mercado chinês

A LandSpace também ampliou a capacidade de carga útil de seu foguete, um reflexo direto da expansão do setor espacial comercial na China. O país intensifica seus investimentos em constelações de satélites, visando oferecer alternativas às soluções ocidentais, como a Starlink, de Elon Musk.

Essa movimentação é impulsionada por:

• Demanda crescente por conectividade global.
• Concorrência tecnológica internacional.
• Apoio governamental ao setor espacial privado.

No entanto, o cenário também exige inovação constante, o que justifica a aposta em tecnologias reutilizáveis e em novos combustíveis, como o metano.

China acelera inovação espacial com foco em sustentabilidade

O lançamento do Zhuque-2E Y2 consolida a posição da LandSpace como líder em inovação no setor espacial privado. Ao utilizar metano como combustível, a empresa chinesa não apenas reduz custos e emissões, mas também reforça seu compromisso com tecnologias reutilizáveis e sustentáveis.

Com uma indústria em plena expansão e foco em competitividade global, a China se aproxima de uma nova era na exploração espacial, oferecendo ao mercado alternativas reais às soluções norte-americanas. Para investidores e analistas, o avanço da LandSpace é um sinal claro de que o país pretende liderar também na órbita terrestre.