Como contestar transferências pix por golpe direto no app do seu banco

Os aplicativos dos bancos agora passam a oferecer a funcionalidade de autoatendimento do Mecanismo Especial de Devolução (MED), criada para facilitar a contestação de transferências via Pix.

Recurso permite contestar pix por golpe diretamente no app bancário

A partir de 1º de outubro, quem cair em golpes ao usar o Pix poderá contestar a transação diretamente no aplicativo do banco. Essa nova funcionalidade integra o Mecanismo Especial de Devolução (MED), criado pelo Banco Central para facilitar a recuperação de valores transferidos indevidamente.

Antes, os pedidos precisavam ser feitos pelo site do Banco Central. Agora, o processo será mais rápido e acessível, pois tudo poderá ser resolvido pelo app do banco.

O que é o MED e como ele ajuda em casos de golpe

O Mecanismo Especial de Devolução funciona como um canal direto para vítimas de fraudes com Pix. Com ele, o usuário não precisa mais entrar em contato com o atendimento do banco. Basta acessar o aplicativo, fazer a solicitação e acompanhar o processo.

Esse novo sistema permite:

• Contestar transações feitas nos últimos 80 dias;
• Acompanhar o status da devolução pelo próprio aplicativo;
• Solicitar ajuda em casos de falha na transação.

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Passo a passo: Como solicitar a devolução pelo app

Veja como é simples contestar uma transferência Pix indevida:

1. Acesse o aplicativo do seu banco.
2. Toque no botão “Reclame aqui”.
3. Vá até o extrato da conta e escolha a transação que deseja contestar.
4. Em seguida, selecione o motivo do pedido. As opções incluem:
   • Fui enganado e fiz a transferência sem perceber que era um golpe;
   • Alguém usou minha conta sem minha permissão;
   • Fui ameaçado e obrigado a fazer a transação;
   • Um criminoso usou minha senha para enviar o dinheiro;
   • Outro tipo de golpe (nesse caso, você pode escrever até 2.000 caracteres explicando o ocorrido).

Depois do envio, o banco notificará a instituição que recebeu o valor. Além disso, você receberá um número de protocolo, um prazo de resposta e informações sobre a conta que recebeu o Pix.

Se não houver saldo suficiente na conta do golpista, o sistema poderá monitorar essa conta por até 90 dias para permitir uma devolução futura.

O que acontece com a conta do receptor?

Quando o pedido de devolução é aceito, a conta que recebeu o Pix fica temporariamente bloqueada. O titular da conta recebe uma notificação com:

• O valor bloqueado;
• O valor da transação original;
• O nome de quem fez a transferência;
• O prazo máximo do bloqueio: 11 dias.

Assim que o valor é devolvido, tanto o remetente quanto o receptor são informados imediatamente.

Em quais situações o pedido não é aceito?

Apesar da facilidade, o novo recurso não cobre todos os casos. Veja quando não é possível usar a ferramenta:

• Transferências feitas por erro de digitação, como chave Pix errada;
• Situações de desacordo comercial, como problemas com produtos ou serviços.

Para esses casos, o usuário deve buscar soluções com a outra parte ou recorrer à justiça, se necessário.

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Por que a implementação foi adiada?

O Banco Central havia previsto o lançamento da ferramenta para abril. No entanto, devido à complexidade técnica, os bancos solicitaram mais tempo. Por isso, a nova data foi definida como 1º de outubro.

Com essa mudança, espera-se que os bancos entreguem um sistema mais eficiente e seguro para todos os clientes.