O Departamento de Educação dos Estados Unidos anunciou, nesta terça-feira (11), a demissão de quase metade de sua força de trabalho. A decisão, em meio aos cortes no governo federal promovido pelo presidente Donald Trump, antecipa os planos do mandato de desmontar a agência.
O departamento, que iniciou o ano com 4,1 mil funcionários, informou a dispensa de 1,3 mil pessoas. Além disso, 572 trabalhadores aceitaram a oferta de desligamento voluntário do governo nas últimas semanas, enquanto outros 63 no período probatório foram dispensados. Com isso, em apenas dois meses, a agência perdeu quase metade de seus servidores.
Desde a campanha presidencial, Trump colocou o Departamento de Educação como alvo, prometendo encerrá-lo, alegando que ele estaria dominado por “radicais, fanáticos e marxistas”. O presidente expressou o desejo de que a secretária Linda McMahon “se colocasse fora do emprego” ao concluir o fechamento da instituição.
Embora o fechamento do departamento exija provavelmente uma aprovação do Congresso, a imprensa americana divulgou na semana passada que Trump pretendia desmantelar a agência. Essa informação é baseada em um rascunho de decreto que ordena a secretária Linda McMahon a iniciar o processo de encerramento do órgão.
Segundo o esboço do documento, a secretária deve adotar “todas as medidas para facilitar o fechamento do Departamento de Educação”.
Após ter seu nome aprovado pelo Senado, na semana passada, Linda McMahon emitiu um memorando alertando os servidores sobre os cortes drásticos. Ela afirmou que a “missão final” da pasta seria reduzir a burocracia e transferir suas responsabilidades para os Estados.
Durante o anúncio das demissões, Linda destacou que os cortes fazem parte do compromisso da agência com “eficiência, prestação de contas e garantia de que os recursos serão direcionados” a estudantes, pais e professores. Os funcionários dispensados entrarão em licença administrativa ao final da próxima semana.
Criado em 1979, durante o governo do democrata Jimmy Carter, o Departamento de Educação tem a função de distribuir bilhões de dólares para escolas e universidades, além de gerenciar a carteira de empréstimos estudantis. O órgão também desempenha um papel regulador fundamental em serviços destinados especialmente a estudantes mais vulneráveis. (Com agências internacionais).
