
O representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR), Jamieson Greer, criticou a recente retaliação da China às tarifas comerciais impostas pelos EUA. Durante uma audiência no Congresso, Greer afirmou que o país asiático “optou por retaliar” e que, historicamente, “sempre dificulta as negociações com os Estados Unidos”.
Além disso, o representante destacou que a maioria dos países tem evitado adotar medidas de represália semelhantes. “A maioria das nações já declarou que não pretende retaliar as tarifas comerciais impostas pelo presidente Donald Trump na semana passada”, afirmou Greer.
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Abertura de mercados e oportunidades para exportações americanas
Em meio às tensões comerciais, Greer demonstrou otimismo quanto à possibilidade de abertura de novos mercados estrangeiros. “Esperamos que mais países abram seus mercados para exportações americanas, o que poderá impulsionar a fabricação de produtos nos Estados Unidos”, disse. Ele também ressaltou que, ao conquistar acesso a mercados internacionais, as empresas americanas poderão aumentar sua eficiência e competitividade.
Limitações do congresso e legalidade das tarifas
O representante do USTR reconheceu que a atuação do governo americano em questões comerciais é limitada pelo Legislativo. “O Congresso impõe muitas restrições à autoridade do presidente Trump”, afirmou. Apesar dessas limitações, Greer defendeu a legalidade das tarifas impostas pelos EUA, argumentando que “a aplicação de tarifas recíprocas está dentro da lei”.
Ele ainda reforçou o compromisso em respeitar os processos legais: “Seguiremos o que a lei determina, buscando aprovação do Congresso para qualquer acordo tarifário com outros países.”
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O mercado americano e a estratégia “America First”
Apesar das disputas comerciais em curso, Greer enfatizou a importância e a atratividade do mercado consumidor dos EUA. “Continuamos sendo o mercado dos sonhos para qualquer país exportador”, declarou.
Em relação ao acordo comercial EUA-México-Canadá (USMCA), Greer ressaltou a necessidade de que ele esteja alinhado com a política “America First” do governo Trump. Essa abordagem busca priorizar os interesses econômicos e comerciais dos Estados Unidos em todas as negociações globais.
As declarações de Greer reforçam a postura firme dos Estados Unidos diante das tensões comerciais com a China, ao mesmo tempo que projetam novas oportunidades para o crescimento das exportações americanas. A estratégia “America First” segue sendo um pilar nas negociações, enquanto os EUA buscam consolidar sua posição como líder no comércio global.