Saiba como identificar e se proteger de golpes envolvendo falsas dívidas do Imposto de Renda. Criminosos usam e-mails e sites falsos para enganar contribuintes.
Com a chegada do período de declaração do Imposto de Renda, aumentam também os golpes virtuais que usam o nome da Receita Federal para enganar contribuintes. A fraude da “dívida falsa do Imposto de Renda” já fez milhares de vítimas e continua crescendo, impulsionada pelo uso de tecnologia avançada e dados vazados.
Neste artigo, você vai entender como funciona esse tipo de golpe, por que ele tem sido tão eficaz e, principalmente, como se proteger.
O golpe começa com uma mensagem aparentemente oficial. O remetente? Supostamente a Receita Federal. O conteúdo? Um alerta sobre uma pendência no seu Imposto de Renda. A mensagem inclui um link que direciona para um site falso, que imita com perfeição o ambiente do portal Gov.br.
Ao acessar a página, o usuário é induzido a inserir seus dados pessoais. Logo em seguida, aparece uma suposta dívida e uma chave Pix para pagamento. O valor, geralmente entre R$ 100 e R$ 200, é baixo o suficiente para parecer resolvível — e alto o bastante para motivar ação imediata.
De acordo com dados da Redbelt Security, mais de 1.400 páginas falsas que simulam a Receita Federal estão ativas. Apenas na primeira semana do período de declaração do IR, foram identificadas 234 novas páginas — cerca de 33 por dia.
Segundo Eduardo Lopes, CEO da Redbelt, dois fatores explicam o sucesso dessas fraudes:
Além disso, o modelo de pagamento via Pix com prazo curto de validade aumenta a pressão para que a vítima aja sem pensar.
Além do realismo das páginas, os criminosos sabem explorar o psicológico das vítimas. O medo de ficar em débito com a Receita Federal e a sensação de alívio ao “resolver” a pendência rapidamente são gatilhos que tornam o golpe ainda mais eficaz.
“Quem não se sentiria aliviado ao pagar R$ 150 e evitar complicações com o CPF?”, questiona Eduardo Lopes.
A tendência é de crescimento. A Redbelt estima que entre 2.500 e 3.000 páginas falsas imitando a Receita devem surgir nos próximos 30 dias. E a fraude não se limita ao período de declaração. A fase de restituição também é alvo de criminosos.
O modus operandi se repete: o contribuinte recebe uma mensagem com um link falso e é levado a uma página que simula o ambiente da Receita Federal. Os endereços eletrônicos, muitas vezes, usam variações do domínio “gov” para parecerem confiáveis.
Exemplos de domínios fraudulentos:
A Receita Federal alerta: não envia e-mails nem mensagens com links sobre divergências em declarações. Toda comunicação oficial ocorre exclusivamente pelo portal Gov.br ou pelo e-CAC (Centro Virtual de Atendimento).
Se você recebeu uma mensagem suspeita, não clique em nenhum link. Acesse diretamente os canais oficiais para confirmar qualquer informação.
Fraudes desse tipo se enquadram no crime de fraude eletrônica, previsto no Artigo 171 do Código Penal. A pena pode chegar a oito anos de prisão.
Segundo Alexander Coelho, especialista em Direito Digital e sócio do Godke Advogados, a legislação foi atualizada em 2021 para lidar melhor com esse tipo de crime. No entanto, as investigações ainda enfrentam dificuldades devido ao uso de servidores estrangeiros e criptografia por parte dos criminosos.
Se você foi vítima de um golpe relacionado ao Imposto de Renda, siga estes passos imediatamente:
Além de desconfiar de mensagens com links ou cobranças via Pix, siga estas dicas de segurança:
Até 30 de maio, quem teve rendimentos tributáveis acima de R$ 33.888,00 em 2024 deve declarar o Imposto de Renda. A Receita espera receber 46,2 milhões de declarações neste ano.
Lembre-se: o Programa Gerador de Declaração (PGD) deve ser baixado apenas pelo site oficial da Receita Federal ou pelas lojas oficiais de aplicativos Android e iOS.
Os golpes envolvendo falsas dívidas do Imposto de Renda estão cada vez mais sofisticados e frequentes. Portanto, é essencial estar atento aos sinais e adotar medidas de proteção. A Receita Federal não cobra valores via Pix e não envia links por e-mail ou SMS.
Mantenha-se informado, use os canais oficiais e compartilhe esse conteúdo com amigos e familiares. Quanto mais pessoas souberem como esses golpes funcionam, menores são as chances de caírem neles.
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