O governo federal decidiu adiar o pagamento dos precatórios previstos para os primeiros meses de 2025. A medida, segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, teve como objetivo conter pressões inflacionárias e colaborar com a política monetária conduzida pelo Banco Central.
Durante entrevista coletiva para comentar os dados fiscais do primeiro trimestre, Ceron explicou que o adiamento foi estratégico e que os pagamentos devem ser retomados a partir de julho deste ano.
Os números mostram uma queda significativa nos desembolsos com precatórios. Enquanto no primeiro trimestre de 2024 o valor foi de R$ 31,8 bilhões, nos três primeiros meses de 2025 o montante caiu para apenas R$ 872 milhões.
Essa redução temporária visa limitar a circulação de dinheiro na economia, ajudando a controlar a inflação em um período de atenção especial por parte da política monetária.
Apesar do adiamento inicial, o governo pretende regularizar os pagamentos a partir do segundo semestre. O total previsto para o ano é de aproximadamente R$ 70 bilhões. Deste valor, R$ 44 bilhões ficarão fora da meta fiscal, conforme decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou esse enquadramento excepcional.
Essa manobra fiscal busca garantir o cumprimento das obrigações judiciais sem comprometer as metas estabelecidas no arcabouço fiscal.
Outro ponto destacado por Ceron foi o crescimento acelerado dos gastos com o Benefício de Prestação Continuada (BPC). O secretário demonstrou preocupação com a trajetória crescente do programa assistencial e defendeu a necessidade de um debate mais amplo sobre sua sustentabilidade a longo prazo.
Segundo ele, é fundamental revisar os critérios e avaliar o impacto fiscal dessa política social, que tem papel importante, mas exige equilíbrio orçamentário.
O adiamento dos precatórios no início de 2025 representa uma estratégia fiscal para conter a inflação e fortalecer a política monetária do Banco Central. Com a retomada prevista para julho e um volume total de R$ 70 bilhões, o governo busca equilibrar o cumprimento de obrigações judiciais com a estabilidade econômica. Ao mesmo tempo, o avanço dos gastos com o BPC exige atenção e discussão sobre os rumos da política social no país.
Somando os adicionais, o valor médio do benefício atinge R$ 667,49.
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