A disputa comercial entre China e Estados Unidos continua a atrair atenção global. O Ministério de Comércio da China reiterou, nesta quarta-feira (23), que está disposto a dialogar sobre as tarifas impostas por Washington, desde que o processo ocorra em condições de respeito mútuo e igualdade.
Durante uma coletiva de imprensa, o porta-voz do Ministério, Guo Jiakun, destacou: “A atitude da China em relação à guerra tarifária é clara: não buscamos conflitos, mas não os tememos. Se houver disputa, estamos preparados; se houver conversa, a porta ficará escancarada.” Ele acrescentou que, para avançar, os Estados Unidos devem abandonar ameaças e abordar a China com respeito e intenções genuínas de cooperação.
Guo também criticou a estratégia americana de exercer pressão extrema enquanto busca um acordo. Segundo ele, tal abordagem é ineficaz e contrária ao objetivo de um entendimento bilateral.
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As tensões parecem ter encontrado um tom mais moderado após recentes declarações de lideranças americanas. O presidente Donald Trump afirmou que não deseja intensificar as medidas contra a China e indicou que ambas as nações podem chegar a um acordo. Em paralelo, o Secretário do Tesouro, Scott Bessent, compartilhou expectativas de um alívio na disputa durante um evento privado organizado pelo JPMorgan.
As tarifas e guerras comerciais têm efeitos que transcendem as relações bilaterais. Em um encontro com o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, o presidente chinês Xi Jinping enfatizou que essas disputas comprometem os direitos e interesses de todos os países, enfraquecendo o sistema de comércio multilateral e prejudicando a ordem econômica global. As palavras de Xi refletem a preocupação mais ampla com o impacto das tensões entre as duas maiores economias do mundo.
A rivalidade entre China e EUA também se manifesta na América Latina. O Ministério das Relações Exteriores chinês acusou os EUA de tentar reafirmar controle sobre o Canal do Panamá e interferir nas relações da China com países da região. “Nenhuma mentira pode esconder a ambição dos EUA de controlar o Canal do Panamá,” afirmou Guo, pedindo aos americanos que cessem suas interferências.
A postura da China deixa claro que, enquanto está disposta a buscar soluções por meio de negociação, não cederá às pressões externas. Um acordo mutuamente benéfico dependerá de um equilíbrio entre firmeza e flexibilidade. Observadores internacionais seguem atentos aos desdobramentos dessa disputa, que influencia não apenas os dois países, mas também o sistema econômico global.
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