Haddad tranquiliza o Brasil em relação às medidas econômicas de Trump

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que o Brasil não precisa se preocupar com as medidas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, relacionadas à aplicação de tarifas de reciprocidade.

As novas tarifas visam países que adotam políticas tributárias sobre as regiões norte-americanas. A Casa Branca argumenta que essas ações têm como objetivo reforçar a segurança econômica e nacional dos Estados Unidos. Entre os alvos das medidas, estão tanto aliados quanto adversários, incluindo o grupo BRICS, do qual o Brasil faz parte.

Na declaração à imprensa, Haddad explicou que a relação comercial entre Brasil e Estados Unidos não justifica recebimentos, já que os Estados Unidos possuem superávit na balança comercial com o Brasil, considerando bens e serviços.

“Nosso comércio é equilibrado. Em bens, é praticamente equivalente, e nos serviços, os Estados Unidos têm superávit. Não há motivo para alarme. Estamos acompanhando o que for concreto, sem antecipar operações ocasionais. A área econômica segue avaliando o impacto potencial de qualquer medida para garantir uma relação justa e recíproca entre os países”, afirmou Haddad.

Além disso, o ministro destacou que o governo brasileiro prefere agir com prudência e avaliar medidas de forma criteriosa.

Entretanto, Howard Lutnick, nomeado por Trump como secretário do Comércio, afirmou que a administração norte-americana fará uma análise individual das relações comerciais com cada país, com previsão de conclusão até 1º de abril.

Trump, conhecido por sua retórica agressiva em questões comerciais, reiterou que as tarifas podem gerar um aumento de preços no curto prazo, mas insistiu que, no longo prazo, trarão benefícios: “Tarifas são ferramentas vantajosas”, declarou.