O aumento das tarifas comerciais entre Estados Unidos e China está provocando sérias preocupações no cenário econômico global. De acordo com uma agência da ONU, os países em desenvolvimento estão entre os mais vulneráveis a esse conflito, podendo sofrer perdas maiores do que aquelas causadas pela redução da ajuda internacional. Neste artigo, entenda como essa disputa pode afetar diretamente as economias emergentes e quais são os possíveis desdobramentos.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, implementou tarifas amplas sobre importações, especialmente as provenientes da China. Em resposta, o governo chinês também elevou suas tarifas sobre produtos norte-americanos. Essa escalada tem desencadeado instabilidade nos mercados financeiros e ameaça comprometer cadeias de suprimentos em todo o mundo.
Segundo o Centro de Comércio Internacional (ITC), o comércio global pode registrar uma queda entre 3% e 7%, com um impacto negativo de até 0,7% no PIB mundial.
Pamela Coke-Hamilton, diretora executiva do ITC, alertou que as tarifas podem ser ainda mais prejudiciais que a retirada de recursos da ajuda externa. Segundo ela, se o embate entre EUA e China continuar, o comércio entre as duas nações pode cair até 80%, o que geraria um efeito dominó devastador para diversas economias em desenvolvimento.
“As tarifas podem ter um impacto muito mais prejudicial do que a remoção da ajuda externa”, afirmou a diretora.
Mesmo após a implementação de uma pausa de 90 dias nas tarifas para alguns países, os EUA aumentaram a taxação sobre produtos chineses para 145%. Em contrapartida, a China retaliou com tarifas de até 125% sobre produtos norte-americanos. Essas ações estão gerando uma crise que pode colocar em risco anos de crescimento em economias emergentes.
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Alguns dos países menos desenvolvidos do mundo, como Lesoto, Camboja, Laos, Madagascar e Mianmar, estão buscando fortalecer relações comerciais regionais como forma de mitigar os impactos da perda de mercado nos EUA.
Além disso, Bangladesh, o segundo maior exportador mundial de vestuário, pode deixar de exportar cerca de US$ 3,3 bilhões por ano para os EUA até 2029, caso as tarifas se mantenham em 37% após o período de trégua.
Nesse cenário, buscar novos mercados — especialmente na Europa, onde ainda há espaço para crescimento — pode ser uma estratégia viável para diversificar destinos e reduzir a dependência de parceiros comerciais instáveis.
O conflito tarifário entre EUA e China representa uma ameaça concreta às economias em desenvolvimento, podendo comprometer anos de progresso e integração comercial. Portanto, é essencial que esses países busquem alternativas regionais e globais para proteger seus interesses e manter o ritmo de crescimento.
Além disso, políticas comerciais mais colaborativas e a diversificação de mercados podem ser caminhos fundamentais para enfrentar esse momento de incerteza global.
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