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ONU: China promete reduzir emissões de gases em todos os setores

Pela primeira vez, a China declarou publicamente que vai reduzir as emissões de gases do efeito estufa em todos os setores de sua economia. O anúncio foi feito pelo presidente Xi Jinping durante a Cúpula Virtual sobre Ambição Climática, que reuniu 17 líderes mundiais, incluindo o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Essa sinalização marca um avanço importante nas políticas climáticas do país asiático, que até então mantinha uma postura mais reservada sobre suas metas climáticas nacionais, conhecidas como NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas, na sigla em inglês).

Compromissos climáticos da China ganham força global

A declaração de Xi Jinping representa, portanto, um passo significativo na luta contra a mudança climática. Ao contrário de posicionamentos anteriores, a nova postura da China, além de surpreendente, reforça de forma clara seu engajamento com metas climáticas mais ambiciosas e abrangentes, contemplando, assim, todos os segmentos econômicos — da indústria à agricultura e ao transporte.

Consequentemente, esse movimento coloca o país em sintonia com os objetivos do Acordo de Paris e, ao mesmo tempo, pressiona outras economias a assumirem compromissos mais ousados para conter o aquecimento global.

COP30: metas financeiras e apoio aos países em desenvolvimento

Durante o mesmo encontro, o secretário-geral da ONU, António Guterres, destacou a urgência de financiamento climático. Ele afirmou que, até 2035, os países desenvolvidos devem mobilizar um total de US$ 1,3 trilhão por ano para apoiar nações em desenvolvimento em suas transições energéticas.

Além disso, Guterres reforçou a necessidade de que os países mais ricos cumpram a promessa de dobrar o financiamento climático para pelo menos US$ 40 bilhões anuais até 2025. Esses recursos são considerados fundamentais para viabilizar a adaptação às mudanças climáticas e a implementação de tecnologias limpas em regiões mais vulneráveis.

O papel da China e os impactos para a geopolítica climática

Com essa nova posição, a China assume uma postura de liderança no debate ambiental global. Ao incluir todos os setores econômicos em sua meta de redução de emissões, o país sinaliza comprometimento real com a neutralidade de carbono nas próximas décadas.

Esse alinhamento com pautas sustentáveis pode influenciar diretamente decisões comerciais, diplomáticas e financeiras, tornando-se um fator estratégico nas relações internacionais e nos mercados globais de carbono.

Leia também: Guerra comercial: “Porta ficará escancarada”, diz China sobre negociações com os EUA

Avanço promissor rumo à transição verde

A decisão da China de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em todos os setores representa um marco nas negociações climáticas internacionais. Além disso, fortalece a expectativa por ações concretas na COP30 e pressiona demais economias a seguir o mesmo caminho.

Diante da urgência climática, esse tipo de iniciativa pode acelerar a transição global para um modelo econômico mais sustentável, justo e resiliente. Agora, resta observar como essas promessas serão implementadas na prática — e como o mundo responderá ao novo protagonismo chinês na agenda ambiental.

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