A decisão de nomear o presidente da Argentina, Javier Milei, como “Economista do Ano” gerou reações negativas, com outras entidades de classe questionando a legitimidade da Ordem dos Economistas do Brasil (OEB) para tal honraria.
Enquanto a OEB defende sua escolha como imparcial e técnica, instituições como o Conselho Federal de Economia (Cofecon) e o Conselho Regional de Economia de São Paulo (Corecon-SP) apontam falta de legitimidade e critérios questionáveis para justificar a premiação.
Confira abaixo o que é a OEB, o posicionamento de muitas entidades e os motivos por trás da polêmica em torno do prêmio a Milei.
O que é Ordem dos Economistas do Brasil (OEB)?
A OEB é uma entidade civil que promove debates sobre a economia e valorização da profissão de economista no Brasil. Com mais de 90 anos de existência, a organização não tem função regulamentadora ou fiscalizatória, que é responsabilidade do Cofecon e dos Conselhos Regionais, conforme determina a Lei 1.411/1951.
Desde 1957, a OEB concede o prêmio “Economista do Ano” a profissionais de destaque na área econômica, tanto nacional quanto internacionalmente. Entre os premiados das edições anteriores estão figuras como Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central, e Paulo Rabello de Castro, ex-presidente do BNDES.
Por que a premiação de Milei gerou críticas?
A escolha de Javier Milei para o prêmio foi alvo de duras críticas do Cofecon e do Corecon-SP. As entidades destacaram que a OEB não representa oficialmente a classe dos economistas e enfrentou problemas de substituição, incluindo um processo disciplinar que suspendeu o registro do economista de seu presidente, Manuel Enríquez Garcia.
Outro ponto levantado foi que Milei, embora formada em economia, ocupa atualmente uma carga política, o que, segundo as críticas, o desqualificaria para o prêmio. Além disso, a Cofecon causou um escândalo envolvendo Milei e a promoção da criptomoeda Libra, que teria causado prejuízos financeiros a milhares de investidores.
O Corecon-SP também ressaltou que a OEB é uma entidade privada com poucos membros ativos, sem reconhecimento oficial para representar os economistas brasileiros. Para eles, a OEB não possui respaldo legal para conceder prêmios que sugiram representação da classe econômica.
A defesa da OEB
Em sua defesa, a OEB afirmou que sua decisão foi fundamentada em critérios técnicos e reforçou sua independência como instituição. A entidade acusou o Corecon-SP de interferência política na premiação e destacou que a escolha de Milei gerou repercussão positiva no Brasil e no exterior.
De acordo com a OEB, a premiação coube à atuação de Milei nas políticas financeiras e regulatórias da Argentina. A entidade destacou a redução da inflação e a conquista de superávits fiscais como motivos para justificar a homenagem.
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