Cuidar da saúde mental deixou de ser apenas uma questão pessoal e tornou-se uma estratégia essencial para o sucesso empresarial. Essa é a visão de Tatiana Pimenta, CEO da Vittude, plataforma especializada em suporte psicológico. Segundo Tatiana, integrar a saúde mental à gestão organizacional é vital para garantir equipes saudáveis, conectadas e produtivas.
“Saúde mental não é apenas cuidar do indivíduo; é sobre resultado e estratégia. Funcionários saudáveis entregam mais, enquanto aqueles adoecidos faltam mais, demandam maior uso do plano de saúde e podem optar por deixar a empresa. Isso afeta diretamente os resultados corporativos”, destaca Tatiana.
Os números sustentam a importância dessa abordagem. Segundo o INSS, 472 mil trabalhadores brasileiros foram afastados por transtornos mentais apenas nos primeiros meses de 2024, um aumento de 70% em relação ao mesmo período do ano anterior. Uma pesquisa da Vittude também revelou que 72% da população economicamente ativa sofre algum nível de estresse, sendo que 32% enfrentam burnout, uma condição de exaustão extrema frequentemente ligada ao ambiente corporativo.
O Brasil ocupa posições preocupantes em rankings globais de saúde mental: lidera em casos de ansiedade, é o quinto em depressão e o segundo em estresse crônico. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, transtornos como depressão e ansiedade podem causar prejuízos globais de até US$ 6 trilhões nos próximos anos, caso não sejam devidamente enfrentados.
“O trabalho é um determinante fundamental da nossa saúde mental. Passamos grande parte dos dias no ambiente profissional, que muitas vezes contribui para o adoecimento”, afirma Tatiana Pimenta.
A própria vivência da CEO reforça essa declaração. Antes de fundar a Vittude, Tatiana enfrentou um grave quadro de depressão causado por pressões profissionais e falhas no tratamento. Sua recuperação envolveu a incorporação da atividade física à rotina e a compreensão de que o cuidado emocional precisa ser estruturado de maneira abrangente.
Tatiana e Paola Machado, doutora em Ciências da Saúde, identificam três frentes principais para combater o burnout nas organizações:
“Não adianta oferecer massagens rápidas e ignorar a presença de uma liderança tóxica. Uma transformação mais profunda é necessária. Não é sustentável exigir que alguém trabalhe 14 horas por dia. Isso representa um risco direto de adoecimento”, alerta Tatiana.
Incorporar a saúde mental à estratégia empresarial é mais do que uma tendência — é uma necessidade. Empresas que priorizam o bem-estar de seus colaboradores colhem benefícios em produtividade, retenção de talentos e resultados financeiros. Portanto, criar um ambiente de trabalho saudável deve ser uma prioridade para qualquer organização que almeja um futuro sustentável.
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