A recente decisão dos Estados Unidos de aplicar tarifas portuárias a navios construídos e operados pela China gerou forte reação de Pequim. O governo chinês classificou a iniciativa como “prejudicial para todos” e criticou sua eficácia em revitalizar a indústria naval americana. A medida, que faz parte de uma estratégia mais ampla para reduzir a influência chinesa na cadeia logística global, pode trazer efeitos econômicos significativos para o comércio internacional.
As tarifas anunciadas pelo governo dos EUA são resultado de uma investigação iniciada na administração Biden, que avaliou se a construção naval chinesa representa uma ameaça à segurança nacional. O plano se insere no contexto da guerra comercial em curso entre as duas potências, iniciada com as tarifas alfandegárias do presidente Donald Trump.
Segundo as autoridades americanas, o objetivo é reduzir a dependência de navios estrangeiros, especialmente os fabricados na China, e estimular o renascimento da indústria naval nacional. Para isso, serão cobradas tarifas com base na tonelagem líquida ou por contêiner transportado por navios estrangeiros que atracarem em portos dos EUA.
A aplicação das tarifas está programada para começar em outubro e seguirá um cronograma progressivo ao longo dos próximos anos. Veja os principais pontos:
De acordo com o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, essas medidas podem afetar negativamente toda a cadeia de suprimentos global. Em coletiva de imprensa, ele destacou os seguintes riscos:
Além disso, especialistas alertam para a possibilidade de retaliações por parte da China, o que pode intensificar ainda mais as tensões comerciais e impactar mercados estratégicos como energia, tecnologia e commodities.
Segundo o Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR), o novo plano é uma tentativa de reduzir o domínio asiático na construção naval. Atualmente, quase 50% dos navios no mundo são fabricados na China, com Coreia do Sul e Japão completando o trio dominante.
A nova política também traz mudanças significativas em relação à proposta original:
Segundo o representante comercial Jamieson Greer, a intenção é “reverter o domínio chinês, proteger a segurança econômica dos EUA e estimular a construção de navios no país”.
Confira como a nova regra pode afetar os principais operadores marítimos:
A imposição de novas tarifas portuárias pelos Estados Unidos a navios chineses marca um novo capítulo na crescente rivalidade comercial entre as duas maiores economias do mundo. Apesar de buscar fortalecer a indústria naval americana, a medida pode elevar os custos logísticos e aumentar as tensões globais.
Para investidores e empresas do setor de comércio exterior, é essencial acompanhar os desdobramentos dessa política e suas implicações para o fluxo de mercadorias e as cadeias de suprimentos. A resposta da China, por sua vez, pode definir os rumos das relações comerciais nos próximos anos.
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