Trump diz que economia dos EUA está em transição e pressiona Fed

Donald Trump reforça que a economia dos EUA vive uma fase de transição e volta a cobrar redução dos juros pelo Fed, após dados do mercado de trabalho.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (2) que a economia americana vive uma fase de transição econômica. A declaração veio acompanhada de uma nova cobrança ao Federal Reserve (Fed) por uma redução nas taxas de juros, reiterando sua visão de que os custos de financiamento estão altos demais.

“Estamos apenas em fase de transição, apenas começando!”, publicou Trump em sua rede Truth Social, pouco depois da divulgação dos dados de emprego referentes a abril.

Dados de emprego mostram desaceleração moderada

Segundo o Departamento do Trabalho dos EUA, foram criadas 177 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola no mês de abril. Esse número representa uma leve queda em relação a março, quando, após revisão, foram geradas 185 mil vagas. No entanto, apesar dessa redução, o mercado de trabalho ainda demonstra uma tendência positiva, refletindo uma desaceleração moderada na criação de empregos.

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Mesmo com a desaceleração, os dados superaram as projeções do mercado. De fato, economistas ouvidos pela Reuters esperavam uma média de 130 mil novos empregos, com estimativas variando entre 25 mil e 195 mil vagas. Portanto, apesar da desaceleração, o número de vagas criadas ainda ficou acima das expectativas, evidenciando a resiliência do mercado de trabalho.

Esses números indicam que, apesar da moderação no ritmo de contratações, o mercado de trabalho segue forte — um fator que dá suporte ao argumento de Trump de que a economia está se ajustando, e não enfraquecendo.

Pressão sobre o Fed: Trump insiste em corte de juros

O presidente Trump tem mantido uma posição firme contra a política de juros elevados adotada pelo Federal Reserve. Em sua visão, a redução das taxas seria essencial para acelerar o crescimento econômico e proteger o país de uma possível desaceleração mais acentuada.

O Fed, por outro lado, adota cautela. A instituição ainda avalia os impactos da política monetária atual no controle da inflação e na estabilidade do mercado de trabalho. Até o momento, não há sinal claro de que um corte de juros esteja iminente, o que alimenta o embate entre a Casa Branca e o banco central.

O que esperar nos próximos meses?

Com o mercado de trabalho ainda demonstrando força, mas com sinais de moderação, o cenário econômico dos Estados Unidos permanece sob análise. O desafio do Federal Reserve será equilibrar o combate à inflação com o estímulo necessário para sustentar o crescimento.

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A postura de Trump indica que o governo deseja mais flexibilidade monetária para garantir a expansão da economia — especialmente em um contexto de incertezas globais e políticas internas.

Donald Trump reafirmou nesta semana que a economia dos EUA está em transição, destacando os bons números do mercado de trabalho e renovando a pressão por um corte nas taxas de juros. Enquanto o Fed adota prudência, o governo busca impulsionar a economia com medidas mais agressivas. O debate entre estímulo e controle continua sendo central para os rumos do país em 2025.