A Vale (VALE3) apresentou seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre de 2025 (1T25), revelando pontos de atenção importantes para o mercado. Apesar da redução nos custos operacionais, a queda expressiva no preço do minério de ferro teve impacto direto sobre a receita e a lucratividade da mineradora. Guilherme Nippes, analista de mineração da XP, analisou os dados no programa Morning Call, destacando os principais fatores que influenciaram o desempenho da companhia no período.
O ponto central do balanço da Vale foi a retração no preço do minério de ferro, que caiu 16% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Essa desvalorização refletiu diretamente na receita da empresa, que apresentou queda ano contra ano. Com isso, o Ebitda ajustado — indicador que mede o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização — atingiu US$ 2,9 bilhões, uma redução de 17% em relação ao primeiro trimestre de 2024.
Além disso, quando comparado ao último trimestre de 2024, o Ebitda apresentou retração de 28%, um movimento parcialmente explicado pela sazonalidade. No início do ano, as chuvas no Sistema Norte (Carajás-PA) e em Minas Gerais costumam afetar negativamente o volume de produção.
Apesar dos desafios, a XP avaliou o balanço como neutro, destacando a significativa redução de custos como um aspecto positivo. O custo C1 — indicador diretamente ligado à produção de minério de ferro — ficou em torno de US$ 21 por tonelada, alinhado com as projeções (guidance) da mineradora.
Outro ponto favorável foi a queda no custo do frete, influenciada por indicadores internacionais, o que contribuiu para mitigar parcialmente os efeitos da queda de receita.
Na área de metais básicos, os resultados surpreenderam positivamente. Tanto o cobre quanto o níquel apresentaram desempenho superior ao esperado. Ainda que o níquel continue enfrentando preços baixos no mercado global, a companhia demonstrou sinais de recuperação operacional nessa frente.
A dívida líquida expandida da Vale ficou próxima de US$ 18 bilhões, dentro da meta estabelecida entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões. Esse aumento em relação ao trimestre anterior ocorreu principalmente devido ao pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio no período.
Segundo a XP, embora a dívida permaneça dentro do intervalo projetado, sua proximidade com o teto da meta pode limitar o espaço para novas distribuições de proventos. No entanto, há expectativa de redução da dívida ao longo do ano, impulsionada por um aumento gradual na produção.
O balanço do 1T25 da Vale reforça a importância de acompanhar os preços do minério de ferro, dado seu impacto direto na receita da companhia. Apesar da pressão sobre os lucros, a mineradora conseguiu manter seus custos sob controle, o que é um indicativo positivo para os próximos trimestres. Investidores devem continuar atentos às variações do mercado de commodities e aos indicadores operacionais da Vale, que serão determinantes para a geração de valor ao longo de 2025.
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